A Câmara de Vereadores de Pouso Alegre convocou uma sessão extraordinária para votar o projeto de lei que permite à cidade aderir ao consórcio nacional de municípios para compra de vacinas. A mobilização é organizada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) como contraponto à lentidão do governo federal na disponibilização dos imunizantes contra a Covid-19.
A proposta se trata da ratificação do protocolo de intenções “firmado entre municípios de todas as regiões da República Federativa do Brasil, visando precipuamente a aquisição de vacinas para combate à pandemia do
coronavírus”.
Mobilização dos municípios por vacina
A mobilização em torno da compra de vacinas é uma reação à lentidão do governo federal e tem chancela do Supremo Tribunal Federal (STF), que, no final de fevereiro, deu sinal verde para que estados e municípios comprem os imunizantes contra o coronavírus caso o governo federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização (PNI) ou no caso de as doses disponíveis serem insuficientes.
“Queremos que o governo vá atrás de todas as vacinas. O que não pode é os prefeitos ficarem de braços cruzados. Superamos o debate se a vacina faz mal ou não. A população quer se vacinar. Em sua ampla maioria, a população sabe que a vacinação é a solução para o problema”, defende Jonas Donizette, presidente da FNP.
Financiamento das vacinas
A frente deve buscar diversas alternativas para custear a compra das vacinas, passando por financiamento do governo federal, instâncias internacionais, divisão de custos entre os municípios membros do consórcio e até o apoio da iniciativa privada.
De acordo com Donizette, o consórcio vai trabalhar com todas as vacinas disponíveis que já tenham a aprovação de organismos internacionais e desde que não estejam no escopo das vacinas já assimiladas pelo Ministério da Saúde para o PNI.
Medida vai beneficiar entidades como a Apae, Clube do Menor e outras sete organizações sociais que poderiam encerrar atividades sem a ajuda financeira. Proposta ainda será apreciada em segunda votação
Proposta aprovada na noite desta terça-feira, 20, pela Câmara de Vereadores vai permitir que a Prefeitura de Pouso Alegre repactue as condições dos repasses e siga subsidiando as entidades filantrópicas que prestam serviços de educação ao município mesmo durante a pandemia.
O projeto de lei foi aprovado em primeiro turno e ainda terá que voltar ao plenário para, só então, ser sancionado pelo prefeito Rafael Simões (DEM).
Entenda
Todos os anos a Prefeitura de Pouso Alegre faz o repasse de verbas, que leva o nome técnico de subsídio, para ajudar a custear entidades sociais sem fins lucrativos como a Apae, o Clube do Menor, o Instituto Felippo Smaldoni e outros.
Parceiras do município na educação pública, essas OSCs (Organização da Sociedade Civil) atendem crianças com algum grau de deficiência, em estado de vulnerabilidade, ou atuam em ações de promoção social em áreas muitas vezes descobertas pelo estado.
Mas para ter acesso à verba, que este ano será de R$ 3,35 milhões dividida entre nove associações, essas entidades precisam comprovar os serviços prestados e atender a uma série de exigências e pactuações firmadas com o município.
Com o advento da pandemia e as medidas de restrição, a suspensão das atividades presenciais impedia que essas instituições utilizassem a verba municipal para honrar custos como a folha de pagamento, por exemplo, o que poderia inviabilizar a continuidade do trabalho de algumas delas.
Para permitir o uso da verba nesses custeios, ainda que não haja atividades presenciais com os alunos, a Prefeitura enviou à Câmara o projeto de lei que promove a repactuação das condições para o subsídio.
“Caso haja necessidade de suspensão ou alteração das atividades, deverão ser repactuados o plano de trabalho, as metas e os resultados, com dedução das despesas diretas e indiretas que efetivamente deixem de ocorrer”, esclarece a proposta enviada à Câmara.
Como funcionam as transferências para as organizações sociais
Todos os anos a Prefeitura envia um projeto de lei para a Câmara de Vereadores com os valores a serem repassados para as Organizações Sociais que atuam na área da educação. Como faz parte do orçamento municipal, a proposta é aprovada no ano anterior para ser executada no seguinte.
Os repasses previstos para 2021 foram aprovados pela Câmara e sancionados pela Prefeitura em dezembro de 2020, na forma da Lei 6.312 de 2020. À época, estimava-se que as atividades educacionais voltariam à sua rotina ao longo do ano seguinte o que, até o momento, não se confirmou.
Confira o valor e as entidades que recebem o subsídio da Prefeitura:
Associação das Obras Pavonianas de Assistência – Escola Profissional Delfim Moreira: R$ 260 mil
Associação de Caridade de Pouso Alegre – Educandário Nossa Senhora de Lourdes: R$ 450 mil
Associação de Integração da Criança – R$ 155 mil
Associação de Pais e Amigos de Excepcionais – APAE de Pouso Alegre – R$ 200 mil
Associação de Promoção do Menor – R$ 995 mil
Clube do Menor – R$ 270 mil
Comunidade de Ação Pastoral – CAP – R$ 450 mil
Congregação das Irmãs Salesianas do Sagrado Coração – Instituto Felippo Smaldone – R$ 270 mil
A proposta de autoria do Executivo recebeu 12 votos a favor e dois contrários e segue para sanção do prefeito Rafael Simões (DEM).
Para pedir o crédito suplementar, a Prefeitura alegou imprevistos, como a presença de bolsões e alto nível d’água do lençol subterrâneo, o que exigirá mais obras para estabilização do solo.
O aditivo equivale a pouco mais de 14% do valor total da obra, contratada por R$ 19,6 milhões e sob a responsabilidade da empresa Duro na Queda, que venceu a licitação propondo um valor quase R$ 10 milhões inferior ao inicialmente orçado.
O presidente da Câmara, Bruno Dias (DEM) defendeu o aditivo. Segundo ele, os novos trabalhos para reforçar a estabilização do solo vão evitar que ocorra com a via o que acontece hoje na Dique 2, que não pode receber tráfego de ônibus e caminhões por conta de sua fragilidade.
“Ao se iniciarem os projetos, especialmente de subsolamento, de estaqueamento, percebeu-se que haviam alguns bolsões que poderiam causar um problema semelhante ao que é vivenciado hoje na Avenida Dique 2 (…) que impossibilita o tráfego de caminhões e de ônibus”, explicou o político.
O vereador também sustentou que os recursos que serão direcionados ao aditivo não terão qualquer impacto em gastos de saúde e assistência social, setores nos quais a população tem cobrado maior investimento por conta da pandemia.
“Está saindo uma dotação de obras para obras, tá? A gente não está tirando um dinheiro que já não estava previsto para obras do mesmo tipo”, disse o político.
A obra
As obras da Via do Faisqueira é certamente uma das mais aguardadas nas últimas décadas pelos moradores da região. Ao ligar o bairro e adjacências à BR-459, ela cria um novo acesso para cerca de 30 mil pessoas que têm como única opção de saída e entrada da região a estreita e irregular Rua Antônio Scodeler.
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