Desde a última semana, não foi possível incluir novos grupos na vacinação por conta das doses enviadas serem destinadas à segunda aplicação. Lote que chega nesta sexta em Minas permitirá o início da vacinação de idosos abaixo de 65 anos, de acordo com o governador Zema
Minas recebe nesta sexta-feira, 16, um novo lote de vacinas contra a Covid-19. Serão mais 701 mil doses. De acordo com o governador Romeu Zema (Novo), elas seguirão para abrir a vacinação de um novo grupo de idosos: de 60 a 64 anos.
Se for confirmada a projeção do governador, nos próximos dias, Pouso Alegre poderá finalmente incluir um novo grupo de idosos no plano de vacinação, paralisado desde a última semana em 66 anos, por falta de novas doses da vacina para a primeira aplicação.
Apesar de ter recebido remessas com 11.240 doses ao longo do mês de abril, apenas 1.820 delas eram destinadas à 1º aplicação, o restante era para completar o segundo ciclo de vacinação dos que já haviam recebido com a primeira dose.
O número elevado de vacinas destinadas à segunda dose nas últimas remessas se deve ao descompasso entre o número de pessoas que haviam recebido a primeira dose e aqueles que haviam recebido a segunda dose, não apenas em Pouso Alegre, mas em todo o Brasil.
Para se ter uma ideia, no dia 1º de abril, a cidade havia recebido 19.701 doses para primeira vacinação e 6.691 para segunda. Com as remessas das últimas duas semanas, hoje a cidade soma 21.521 doses para a primeira aplicação, 98% delas já aplicadas, e 16.111 para a segunda, sendo que 49,5% delas foram aplicadas.
Lembrando que o esquema de vacinação é todo definido pelo Ministério da Saúde, responsável pela elaboração e execução do Plano Nacional de Imunização (PNI).
Confira o último ‘vacinômetro’ de Pouso Alegre:

Ministério da Saúde diz que segunda dose está atrasada
Esta semana, o Ministério da Saúde revelou que cerca de 1,5 milhão de brasileiros já deveriam ter tomado a segunda dose das vacinas contra a Covid-19. Os dois imunizantes hoje aplicados no Brasil, a CoronaVac e a AstraZêneca/Oxford necessitam de duas doses para garantir a proteção completa.
O intervalo entre a primeira e a segunda dose da CoronaVac deve ser de 21 a 28 dias, no caso da AstraZêneca, esse prazo é de três meses.
O Ministério da Saúde não deixou claro o motivo desse atraso, se ele se deve apenas ao não comparecimento das pessoas aos postos de vacinação ou se tem alguma relação com o PNI.
É importante ressaltar que desde que se iniciou a vacinação, quando o ministro à frente da pasta ainda era o general Pazzuelo, por diversas vezes, o MS orientou que os municípios utilizassem todas as doses recebidas para a primeira aplicação e acabou voltando atrás em diversos momentos.
A mudança nas quantidades de doses para primeira e segunda aplicação, portanto, pode ser um indicativo que parte do problema se originou no Plano Nacional de Vacinação.