O resultado do confronto do Pousão com o São Bernardo (SP) no Manduzão, no último sábado, foi uma derrota de 2 a o que encerrou a série de vitórias do Dragão na Série C. Mas para o técnico Roger Silva o desempenho da equipe contra um dos melhores e mais bem pagos elencos da competição mostraria que sua equipe está no caminho certo.

“Eu acho que foi um bom jogo. A gente, realmente, tem encontrado um caminho de ter a bola, de pressionar o adversário, de fazer bons jogos”, disse o treinador na manhã desta terça-feira, 16, em entrevista coletiva.

Com a derrota, o Pousão encerrou a terceira rodada da Série C do Brasileiro na oitava colocação, com seis pontos. A pontuação é a mesma do 5º ao 8º colocado, mas o Dragão leva a pior nos critérios de desempate. É bom lembrar que são exatamente oito equipes que se classificam para a segunda fase da competição.

Para Roger Silva, a equipe dominou o jogo contra o São Bernardo e até poderia ter vencido se tivesse caprichado um pouco mais em oportunidades claras de gol que teve. Além disso, ele considera que o desempenho do time o credencia para uma boa sequência nas próximas rodadas.

Confira os principais trechos da entrevista (ou assista o vídeo acima).

Chances desperdiçadas e as coisas boas que ficam da derrota

“Uma ou duas oportunidades, caprichar um pouquinho a gente colocaria a bola pra dentro e aí contra um time da grandeza, da força, da folha dos caras a gente não pode errar. E aí uma bola parada decide muita coisa. Mas ficam as coisas boas, o que a gente produziu, como a gente se comportou num jogo dessa grandeza. Acho que a gente está maturando. A gente está no caminho, com certeza… a sorte dessa vez correu para o lado de lá, mas eu avalio que foi um bom jogo”, prosseguiu o treinador.

Esperança de que uma grande sequência

“Fica a esperança de uma grande sequência. Sempre com o pé no chão. Desde o começo, eu uso sempre isso. A gente tem que continuar sendo o patinho feio do campeonato né? Daqui a pouco, a gente vai continuar lá em cima e a gente vai ter nossas forças. É ser mais… eu uso um termo né? Tem que ser mais ‘marvado’, né? As oportunidades que tem, tem que por a bola pra dentro, ainda mais contra uma equipe da força dos caras. Mas a gente produziu bem, as ações foram boas.

Pô, a gente foi dominante, principalmente no primeiro tempo. Tirou a força dos caras, né? Fez o treinador mexer duas vezes no intervalo. Você vê como a gente conseguiu mexer com ele, né? Não é hábito do Zanardi mexer na equipe. A gente sabe que ele é um cara que tenta repetir sempre a equipe, é um cara que mexe sempre muito pouco… eu fico feliz com o desempenho, triste pelo resultado, né? Se em Volta Redonda talvez a sorte correu do nosso lado no segundo tempo, dessa vez ela… a gente faltou um pouquinho de atenção na nossa bola parada.. um erro ou outro ali, que nos custou… mas acho que, num todo, a gente tá no caminho”.

‘A gente pode guerrear de igual para igual’

“A gente teve 65% de posse [de bola] contra 35[%], né cara? A gente teve 12 ou 13 finalizações… mas custa muito caro. [O São Bernardo] é uma grande equipe. A gente pode eu acho que cravar que é um dos caras que, se tem um equipe que vai brigar diretamente pelo acesso é o São Bernardo, até pelo investimento que é feito, né cara? Três, quatro jogadores deles paga a nossa folha, é uma coisa absurda de investimento, mas é isso: a gente pode guerrear de igual para igual, criou-se um respeito com uma equipe dessa grandeza. Pô, eu estou bem satisfeito, triste pelo resultado, mas satisfeito pelo que a gente produziu”.

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