Em esquema de revezamento, cerca de 9 mil alunos retornam às aulas presenciais na rede municipal ao longo das próximas semanas
Depois de 11 meses, as salas de aula da rede municipal de ensino de Pouso Alegre voltaram a ser ocupadas por alunos e professores nesta segunda-feira, 22. Ao todo, cerca de 9 mil estudantes da educação infantil ao Ensino Fundamental II retornam às aulas presenciais ao longo dos próximos dias.
Mas eles não estarão todos de uma vez nas escolas. As aulas acontecem de forma alternada, limitando a presença de no máximo 30% dos alunos, a fim de resguardar o distanciamento entre eles, um dos marcos sanitários para evitar a contaminação pela coronavírus.
“Nós optamos pelos nonos e quintos anos, amanhã oitavos e quarto e, assim, sucessivamente. Na outra semana Pré-1 e Pré-2, mantendo o Fundamental e, na terceira semana, 0 a 3 anos e Cemeja”, explica a secretária de Educação Leila Fonseca.
60% dos pais optam por retorno dos filhos às aulas presenciais
Para que as aulas presenciais pudessem retornar nesta segunda, os pais e responsáveis dos alunos precisaram assinar um termo de responsabilidade no qual confirmavam a opção pela volta às escolas e os riscos envolvidos na decisão.
De acordo com a secretária de Educação, 60% dos pais optaram por esse caminho. “E uma grande preocupação dos paus é que, se ele fez essa opção, de início, pelo ensino não presencial, se depois que ele se sentir mais segurança, se ele pode retomar e fazer presencial. Ele pode retomar e voltar, sim, é um direito da criança”, garante a secretária.
Novo normal tem até mudança no cardápio e desinfecção de material didático
Quem visitou as escolas ao longo desta segunda, viu corredores com cordões de isolamento, profissionais de prontidão, portando álcool gel em frente às salas de aula e, sobre os rostos, as onipresentes máscaras de proteção.
Mas como era de se esperar, os cuidados nas salas de aula, precisam ir muito além. No CAIC da Árvore Grande, a professora mostrou aos alunos como os protocolos aos quais serão submetidos o material didático, antes de serem manuseados por eles. Segurando uma apostila nas mãos, ela borrifa álcool em cada uma das folhas. “Elas precisam ser esterilizadas na sua frente. E você não pode emprestá-la para o colega”, explica.
Os cuidados sanitários tiveram impacto até no cardápio das escolas. A ideia é oferecer alimentos que continuem sendo nutritivos, saborosos, mas que tenham um baixo índice de manipulação para evitar contaminação.
“Foi até uma orientação do próprio MEC que ele seja mais fácil, simples de servir, com menos manuseio e manipulação”, explica Luciana Pereira, nutricionista da rede municipal de Educação.