A renda média dos pouso-alegrenses é de R$ 1.488 por mês. O valor coloca o município na posição número 148 entre os 5.570 municípios do Brasil e 15º entre os 853 municípios mineiros.
Os números são do levantamento ‘Mapa da Riqueza’ da Fundação Getúlio Vargas. Divulgada nesta terça-feira, 14, a pesquisa tem como base dados de 2020 da Receita Federal, IBGE e Tribunal de Contas da União (TCU).
Além da renda média geral da população, o levantamento consolidou também a renda média das pessoas que declaram imposto de renda. Nesse caso, verificou-se que 19,23% da população de Pouso Alegre declarou imposto de renda em 2020. A renda média dessa camada dos moradores é de R$ 7.739 por mês.
RENDA E PATRIMÔNIO DOS POUSO-ALEGRENSES |
Renda média geral |
Renda média declarantes do IR |
Patrimônio líquido médio da população |
Patrimônio líquido médio declarantes do IR |
R$ 1.488,38 |
R$ 7.739,39 |
R$ 50.152,06 |
R$ 260.784,88 |
Na comparação com as outras duas cidades-polos do Sul de Minas, a renda média pouso-alegrense fica para trás. Em Poços de Caldas, a renda média da população em geral no ano de 2020 foi de R$ 1.632. Já a renda da população que declarou imposto de renda foi de R$ 8.141.
No caso de Varginha, a renda média geral foi de R$ 1.527 e a renda da camada da população que declarou IR foi de R$ 8.198.
Desigualdade
O levantamento da FGV tem como objetivo identificar os lugares mais ricos e os mais pobres do país, estabelecendo uma métrica precisa da desigualdade de renda no país. O levantamento de 2020 ainda tinha um objetivo extra, identificar os impactos da pandemia.
A desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado. Essa é a principal conclusão unindo a base de dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) à da Pnad Contínua: o índice de Gini (instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo) chegou a 0,7068 em 2020, bem acima dos 0,6013 calculados apenas a Pnad contínua.
Se a fotografia da distribuição de renda é péssima, o filme da pandemia também é. Mesmo com o Auxílio Emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia. Pela abordagem usual o Gini teria caído de 0,6117 para 0,6013, já na combinação de bases o Gini, sobe de 0,7066 para 0,7068. Isso pois as perdas dos mais ricos (dos 1%+ foi -1,5%) foram menos da metade das da classe média tupiniquim (-4,2%), a grande perdedora da pandemia.
A Unidade da Federação com a menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão (R$6.3 mil). No outro extremo está o Distrito Federal (R$95 mil). Mas mesmo dentro da capital há muita concentração de riqueza, liderada pelo Lago Sul (R$1,4 milhão). A renda por habitante no bairro é de R$ 23.241,00, três vezes maior que o município mais rico do Brasil, que é Nova Lima, na Grande BH (R$ 8.897,00).
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