As polêmicas em que Doroth Helena de Sousa Alves, a funkeira MC Pipokinha, se envolveu nas últimas semanas seguem pressionando sua agenda de shows. A apresentação que a cantora faria em Pouso Alegre (MG), no próximo domingo, 19, foi cancelado pelos organizadores.
Pipokinha, que ostenta o título de ‘Rainha da Putaria’, seria a atração principal do ‘Lemonade Festival’. O evento era só para maiores e ocorreria em uma casa de eventos na zona rural da cidade, das 16h às 22h. Os organizadores se justificaram nas redes sociais:
“Quando contratamos nossa atração principal, ela era o nome mais pedido do momento, mas devido os últimos acontecimentos vinculado à artista MC Pipokinha, ficou inviável a realização do show dela na Lemonade”, registra um trecho da nota oficial.
Segundo os organizadores, os convites que já haviam sido adquiridos para o show “serão estornados num prazo máximo de 7 dias”. Antes do cancelamento, os ingressos eram ofertados a R$ 100.
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Cartaz do evento que foi cancelado | Imagem: divulgação
Estrela em ascensão do Funk, Pipokinha virou um tsunami nas redes sociais depois de protagonizar uma série de polêmicas em shows e posicionamentos que adotou nas redes.
No mais recente deles, chamou os professores de desocupados e debochou de seus salários depois que uma fã lhe contou – em uma caixinha de perguntas do Instagram, que teria discutido com uma professora por conta de suas músicas. “Não briga com sua professora por causa de mim. Tadinha dela, já é professora (…) E ainda recebe quase nada. Professor é muito humilhado. Não discute com ela não, tadinha. (…) Deixa ela, meu baile tá R$ 70 mil. 30 minutinhos em cima do palco eu ganho 70 mil reais, às vezes ela não ganha nem 5 mil sendo professora”, disparou a funkeira no vídeo compartilhado em suas redes sociais.
A declaração rude contra os professores provocou uma onda de indignação nas redes. A crise imagem gerada para a funkeira resultou, até o momento, no cancelamento de ao menos seis shows pelo país.
Mas as polêmicas de Pipokinha já vêm se acumulando há tempos. Antes do posicionamento sobre os educadores, por exemplo, ela já havia feito uma declaração em um podcast minimizando o assédio. A cantora propôs que a prática “é a coisa mais normal que existe”.
“Sempre vai ter alguém querendo passar dos limites com você. Vai de você saber se impor e saber se defender. ‘Ah, eu não sei me defender’. Então evita, não use uma roupa curta. Se você não sabe lidar com assédio, (…) se você vai ficar com medo quando ele mexer com você, não use uma roupa curta”, afirmou para a incredulidade das redes.
E o que rondava a carreira da funkeira desde sempre eram as críticas às suas performances nos palcos, com letras e apresentações que beiram o sexo explícito. internautas ainda sugerem que ela teria praticado zoofilia depois que ela postou um vídeo em uma plataforma de conteúdo adulto em que interage com gatos.
A crítica mudou de patamar quando passou a circular nas redes um vídeo em que, durante um show, uma fã aparece nua e supostamente fazendo sexo oral na cantora.
Em meio às polêmicas, até a Justiça decidiu intervir. Em São Leopoldo (RS), a pedido do Ministério Público local, o Judiciário proibiu a entrada de menores de idade no chamado “Baile de Gaiola”, que ocorreu em 3 de março na cidade.
Sobre a polêmica com os professores, Pipokinha fez um comunicado por meio de sua assessoria jurídica. No texto do documento, ela alega ter sido tomada pela emoção durante sua fala e afirma que não teve a intenção de ofender os professores.
“Neste sentido, cumpre esclarecer que a MC Pipokinha, sob nenhuma hipótese, agiu com a pretensão de ofender uma classe tão importante para o crescimento de nosso país”, diz trecho do comunicado.
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